Na próxima segunda-feira, dia 24 de março, vou completar 40 anos de idade.
É estranho e surreal.
Lembro quando tinha 18, 10 ou 25 e pessoas com 40 anos pareciam bem mais velhas. Comigo é diferente…rs. Isso mesmo, porque não me sinto em absoluto com esta idade.
Aliás, tenho alguns amigos que estão também com a mesma idade e dois particularmente que completaram 50 anos neste mês.
Fiz a pergunta aos dois: como estavam se sentindo com 50 anos e todo o peso que isso representa.
Ambos disseram que não se sentiam com meio século. Se sentem com a vitalidade de pelo menos 15, 20 anos a menos.
Lembrei até de uma frase que li:
“Nunca serei velho. Para mim, a velhice começa 15 anos depois da idade em que estiver”. Bernard Baruch
É justamente o que acontece comigo neste momento. Sinto a mesma vitalidade e energia de quando tinha 20 ou 25 anos, e para relembrar uma frase do Ziraldo também oportuna:
“Não fossem os amigos de infância e o espelho, a gente nunca saberia que está ficando velho.”
Os mais jovens não têm esta dúvida. Ainda não, pelo menos.
Mas é curiosa a sensação de que a mente e o entusiasmo pela vida não se medem pelo que se convencionou chamar de tempo.
Este o ponto. E se você não soubesse quantos anos tem quantos anos você acha que teria?
De outro lado, há também uma questão a se pensar. Quanto mais tempo passou da minha chegada nesta vida teoricamente menos tempo tenho até findar esta etapa.
Li certa vez que perguntaram a um ancião quantos anos tinha ele respondeu 7, 8 talvez 10. Isso porque o que já passou não temos mais, somente temos os que virão.
Também não sei quanto tenho então. Ou quanto terei. Sei que já gastei 40. E sei também que os próximos que vierem sejam eles quantos forem, serão os melhores de todos.