Ontem conversava com alguns amigos sobre questões relativas às dificuldades do sistema judiciário, e até mesmo do sistema de serviços públicos em geral.
Eu penso que o que falta é sensibilidade, solidariedade, simples deveres humanitários.
Como conseguir isso?
Este é o desafio do nosso tempo. E não existe solução mágica, precisamos de tempo e muito, mas muito trabalho mesmo.
Eis que hoje leio no UOL esta notícia que ultrapassa muita coisa absurda que já vimos. Desafia criatividade de qualquer torturador.
Só mais um detalhe: isso não é Justiça, é poder judiciário, MUITO diferente de Justiça.
Veja bem a manchete: Justiça despeja adolescente deficiente mental de abrigo em Santa Catarina.
Dois oficiais de Ju
stiça levaram um adolescente deficiente mental, soropositivo, cego, mudo e paralítico ao gabinete do pedagogo Rui da Luz, secretário de Assistência Social de São José (SAS), na Grande Florianópolis. Eles cumpriam ordens da juíza Ana Cristina Borba, da Vara da Infância e Juventude da cidade. Os oficiais largaram o garoto no tapete do escritório, exigiram um recibo e foram embora.
O caso aconteceu no último dia 19, uma segunda-feira, mas só foi conhecido nesta quinta (29), depois que uma denúncia anônima chegou aos jornais revelando que o garoto fora despejado do abrigo onde passara toda sua vida.
Na manhã de ontem, com as primeiras notícias, o secretário Luz transferiu PC (nome omitido conforme o Estatuto da Criança e Adolescente) para uma clínica privada em Camboriú, assumindo o custo de R$ 4.000 mensais, jogando na conta da Prefeitura de São José.
“Eu fiquei sem ação”, lembra o secretário Luz. “O caso de PC era conhecido, mas nós (da SAS) nunca fomos informados de qualquer problema com ele durante 17 anos, até que apareceram e jogaram a pessoa aqui, sem respeito por ela”, disse Luz.
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