Advocacia: Como era, como está e como será?

Uma interessante reflexão sobre a advocacia por quem está no mercado há quatro décadas e faz um diagnóstico  tanto da sua atividade quanto das atividades correlatas, como são os órgãos do Poder Judiciário, juízes. servidores e sua estrutura.

Artigo escrito pelo advogado Sergio Leal Martinez, inscrito na OAB/RS  da Martinez Advocacia, e originalmente publicado em http://www.martinezadvocacia.com.br.

Eu tenho bem menos tempo de advocacia (16 anos) e já percebi estas mudanças. Aliás, apesar das diferenças regionais os problemas são bem semelhantes, assim como as soluções.

O segredo da sobrevivência, penso eu, é justamente antecipar as modificações e inovar na atividade. Mas isso será assunto para o outra postagem.

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Escola do futuro… ou do presente

Li ou ouvi há alguns dias que o modelo de escola atual á anacrônico, porque os alunos são do século XXI, os professores do século XX, utilizando métodos do século XIX.

É verdade¸ houve pouca mudança.

Mas isso não é um problema só do Brasil, pois se é verdade que o mundo sempre mudou, é fato que nunca houve mudanças tão rápidas.

tecnologia%20na%20escolaNo Brasil a questão da educação é agravada por problemas culturais e sociais, mas não há outro caminho para a sociedade senão a atualização e adaptação às novas tecnologias.

Segundo pesquisadores e estudiosos em uma década estamos dobrando o conhecimento tecnológico, e modificando os paradigmas conhecidos.

E é óbvio que em meio a tantas mudanças, é um absurdo que a escola continue com métodos antiquados.

Assisti no último domingo (03/03/2013) a uma interessante reportagem sobre processo de aprendizado, que reproduzo abaixo.

É só clicar na imagem ou no link a seguir:

Tecnologia invade sala de aula

ou

Tecnologia invade sala de aula

E pensar que tenho visto até curso superior exigindo trabalho manuscrito…

O ócio criativo

O futuro pertence àqueles que serão mais capazes de usar as próprias cabeças do que as próprias mãos. Newsweek

CapaOcioCriativo_18mm.pdfApesar de conhecer por textos esparsos o famoso livro O Ócio Criativo, de Domenico de Masi, somente recentemente estou tendo oportunidade de fazer uma leitura meditada.

De fato, é uma obra interessante, mais como uma constatação da realidade contemporânea do que uma tese sociológica.

Não se trata de um sociólogo de gabinete, mas de alguém que está refletindo a nova tendência e vislumbrando como será o futuro.

O ócio no entendimento dos gregos da antiguidade é totalmente diferente do conceito atual.

Entendemos o ócio como algo negativo, pernicioso, porque a ociosidade é tida como inutilidade, preguiça, desocupação e vagabundagem.

No entanto, a ideia transmitida pelo livro é muito simples.

Entende o ócio como o período do tempo livre que é usado para exercer a criatividade.

Parte da premissa de que a era industrial está superada, que vivemos o que ele chama de fase pós-industrial, que é marcada pela mais pela prestação de serviços do que pela indústria convencional, aquela da linha de montagem e de fábricas.

Segundo De Masi, a tecnologia substituirá o serviço meramente operacional e repetitivo (como já está acontecendo), e o trabalho a ser realizado pelo ser humano é o trabalho da criatividade.

Aliás, somente o ser humano pode ser criativo.

E a grande questão que surge, e é o que me levou ao estudo deste livro, é o que iremos fazer com o tempo livre?

A maioria de nós não é nem treinada para ter tempo livre.

Este novo modelo de civilização, nos pede uma melhor qualidade no aproveitamento do tempo, utilizando para passar com a família, para adquirir cultura e conhecimento, para realizar um trabalho que contribua com a vida em sociedade.

Não é “ficar à toa”, mas utilizar este tempo para crescimento pessoal, e uma melhor qualidade de vida.

Uma síntese do que é proposto neste novo modelo:

  • Baseado na simultaneidade entre trabalho, estudo e lazer;
  • Centrado mais no crescente tempo livre do que no tempo decrescente dedicado ao trabalho;
  • Atento à distribuição equânime da riqueza, assim como à sua produção de forma eficiente;
  • Militante pela redistribuição do tempo, do trabalho, da riqueza, do saber e do poder;
  • no qual os indivíduos e a sociedade são educados a privilegiar a satisfação de necessidades radicais, como a introspecção, o convívio, a amizade, o amor e as atividades lúdicas.

Enfim, é uma crítica muito lúcida ao atual modelo de idolatria ao trabalho e à competitividade, que de alguma forma favorece o ego

Domenico de Masi

Domenico de Masi

ísmo e o individualismo, mas não é uma crítica vazia, pois tem a apresentação de uma proposta realizável, e que já está em curso.

Acho que este é um caminho inevitável, pois não tem sentido confundir o objetivo com o meio.

Trabalho e riqueza são apenas um meio, uma ferramenta para aquisição de valores maiores, tais como espiritualidade, amizade, convívio pessoal e amor.

Bem vindo ao Novo Mundo!