Elogie também!

Do imprescindível e excelente Defenestrando, de Daniel Polcaro.

Elogiar, a alma do negócio!

BEM10

Por mais que a existência pareça ruim e sem nenhuma solução à vista – a prazo, teremos todos os caminhos certos -, um lado bom existirá, mostrando que mesmo a pequena luz na escuridão é capaz de mostrar que ela continuará a sinalizar nas piores das situações.

Pensando nessa forma de ver o lado bom das coisas, e principalmente das pessoas, lembrei de uma dessas infinitas listas de itens finitos para ter o sucesso, rápido e fácil – há de lembrar que se o sucesso fosse tão rápido e fácil teríamos tantas pessoas bem sucedidas que não ter sucesso seria o maior sucesso. Um dos itens era sempre elogiar seu concorrente.

Continuar lendo

Daniel Polcaro

Meu caro amigo e um dos mentores do meu blog Daniel Polcaro, também blogueiro do Defenestrando está se mudando de Passos.
Fico triste pela ausência física do amigo, mas feliz porque toda mudança sempre traz um ganho.
Espero que o seu ganho seja realmente de muita qualidade de vida, de espiritualidade, e da felicidade que não está no onde ou no quando, mas no COMO se faz as coisas.
Espero que supere este degrau, assim como espero que os amigos que aqui ficam não sejam passado, mas sempre presentes em sua vida.

 

 

 

 

Síndrome de Estocolmo na Política

Li o excelente artigo do jornalista Daniel Polcaro no jornal de Passos, Folha da Manhã, e compartilho para maiores reflexões.

Ele fez uma excelente analogia sobre a Síndrome de Estocolmo (vejo o que é aqui) e a relação do povo brasileiro com políticos.

Síndrome de Estocolmo

Por Daniel Polcaro

Um produto é comercializado dia 7 de outubro: a sua confiança, a sua capacidade de crer no próximo, a sua vontade de ver melhorar o lugar que vive. O voto é apenas uma forma representativa.

Assim como a televisão não vende polegadas ou peças – e sim conteúdo audiovisual —, não é o voto que é comercializado, é sua participação na decisão em conjunto com a comunidade, que aponta nomes majoritários para comandar a cidade.

Acreditemos sim em homens e mulheres que possam transformar, mudar esse cenário político nacional impregnado de sujeira. Acreditemos em quem doa sua honestidade, até então somente como cidadão, para a administração daquilo que, teoricamente, é de todos. Acreditemos em figuras que apesar de uma campanha visual modesta, esteve ao lado do vizinho e sempre ajudou seu bairro sem nenhum interesse.

A degradação da política – que atinge todos os partidos de uma forma avassaladora – será alterada aos poucos: porque o mal voltar para o lado do bem demora cem vezes o tempo que o bem gastou para ir para o outro lado. O processo é longo, mas vai acontecer. O importante é começar.

Este texto não faz campanha e não critica qualquer candidato. Apenas visa lembrar o sequestro da Coisa Pública por verdadeiros criminosos, trajados de políticos, quando a função de um agente público seria estar empenhado para usar da melhor maneira possível o dinheiro comunitário, prestando contas reais.

O que se vê eleição pós eleição no Brasil é a Síndrome de Estocolmo da política. A afeição criada por criminosos que nada diferem de traficantes de drogas e assaltantes de banco fazem de cada habitante um refém, que tenta se libertar a cada quatro anos, mas que a maioria (quiçá ludibriada pela cosmética audiovisual da campanha) se encarrega de colocar de volta. A defesa de quem praticou o mal (sob o eufemismo do ‘rouba, mas faz’) representa a incapacidade de encontrar outro candidato, que consegue fazer sem ter a outra ‘qualidade’ embutida.

Se o povo merece o governo que tem, a maioria está correta e seria totalmente errônea essa colocação de que ladrões voltam ao poder. Mas a Síndrome de Estocolmo – expressão de Nils Bejerot, criminólogo e psicólogo, criada durante assalto de cinco dias, em 1973, na capital da Suécia — explica.

Como forma de defesa, as vítimas tentam se identificar com os sequestradores com medo de sofrer retaliações. E gestos singelos (como dar um prato de comida no cativeiro) é totalmente amplificado, causando uma afeição por quem na verdade está praticando o mal.
Nós merecemos mais do que gestos singelos.

DANIEL POLCARO PEREIRA, jornalista, é editor do Clic Folha (polcaro@folhadamanha.com.br)

Também é blogueiro. Aqui.