Trago meu olá, sem prometer voltar sempre

borboleta

Há quase dois anos não escrevo para o blog.

Relapso. Descuidado. Desanimado. Cansado.

Tudo isso ou nada disso. Apenas prioridades.

A vida é feita de prioridades. E infelizmente escrever aqui não foi uma delas nesse período.

Mas fez e faz muita falta.

Humberto de Campos em 1935 escreveu uma tocante mensagem por intermédio de Chico Xavier: “Trago meu adeus, sem prometer voltar breve”[1]. É dela que resolvi parafrasear o título deste singelo texto.

Talvez seja um simples reinicio. Mas sem prometer nada.

Humberto de Campos pretendia se afastar do médium mineiro para evitar-lhe constrangimentos.

Volto para dividir e compartilhar pensamentos, idéias e ideais, sem qualquer constrangimento de parecer ingênuo ou sonhador. Mas também sem prometer freqüência ou voltar sempre, ou em breve.

 

[1] http://ocaminho.com.br/ocaminho/TXavieriano/Livros/Cat/Cat35.htm

A fé

fé

Costumamos pensar que fé é algo ligado à religião.

Já escrevi aqui algo sobre acreditar em Deus ou não.

Lamentavelmente não conseguimos, ainda, compreender que a nossa ligação com a Divindade é inerente à nossa própria criação e independe de crença ou de descrença. Pouco importa se você acredita ou não na existência de um Criador. Pouco interessa se você acha que é objeto de uma geração espontânea.

Fé no dizer contido em O Evangelho Segundo o Espiritismo[1]:

“Fé é a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação”.

Vontade de querer! Não apenas um desejo tênue e fugaz. Mas uma vontade firme e inabalável.

E quando obtemos a certeza de que vamos ter nossa vontade satisfeita isso é fé.

Mas quis a Lei Universal que somente merece esta satisfação aquele que tem esta vontade inabalável.

É como que se algo dissesse: “veja bem quem merece receber isso é só quem paga o preço”.

Eis o ponto!

Será que estamos dispostos a pagar o preço para obtermos o que desejamos qualquer que seja este objeto?

Estudar exaustivamente para uma prova.

Debruçar sobre um tema e esquadrinhá-lo para obter conhecimento.

Trabalhar incessantemente por um objetivo.

Ter disciplina para conseguir juntar dinheiro para comprar algo que desejamos.

Conseguir a força necessária para perdoar e não cultivar a mágoa.

Veja bem que tudo o que queremos obter tem um preço a ser pago.

Se a vontade é firme o suficiente certamente irá obter satisfação.

Com estas singelas palavras eis o que venho entendendo por fé.

 

[1] Leia o texto na íntegra aqui

Discriminação? Racismo?

 

racismo

“Racismo não existe no Brasil”.

“Não somos racistas, veja a diversidade étnica no Brasil”.

Pois é.  Gostaria que estas frases refletissem a realidade tanto que fosse repetidas.

Nesta semana um cliente recebeu um valor a que tem direito no escritório e como de hábito não o fizemos nominal para que pudesse descontá-lo, caso quisesse.

Não era um valor expressivo, nem mesmo estava acima da margem que o banco usualmente liga para confirmar.

E não é que neste caso ligaram para confirmar se eu tinha emitido mesmo o cheque para a tal pessoa?

Ah, nesse ponto é importante eu informar que o cliente é negro.

A indignação das minhas colaboradoras que atenderam o telefonema da funcionária do Banco é justa. Afinal, não ligam e nunca ligaram com este procedimento para outros clientes, porque justamente este?

Provavelmente a pessoa sequer percebeu que os minutinhos que o funcionário foi para “dentro” da agência, afastando-se do caixa foi por esse motivo.

Provavelmente ele nem percebeu o ato discriminatório.

Provavelmente você poderá achar que isso é um fato corriqueiro e comum.

E certamente eu vou discordar porque isso é racismo sim.

De fato, estamos mesmo precisando de não um, mas de todos os dias de “consciência humana”, para compreendermos que somos iguais na essência.

Um interessante vídeo veiculado nos últimos dias contém um dado interessante que é a prática racista em comentários na internet, é só clicar no link abaixo. Osegundo link é um editoral sobre o assunto:

http://tvuol.uol.com.br/video/vocefazofuturo–racismo-04024E983860DC915326

http://noticias.uol.com.br/publieditorial/vocefazofuturo/novembro

Uma pessoa mau caráter não vai mudar o meu padrão de comportamento“. Rincón Sapiência.

Leia também: Negro e Genial