O “peemedebismo”

O momento político pede reflexões.

Falta cultura política ao debate (aliás, falta tudo, inclusive educação e bom senso!) e pede que as lições sejam apreendidas para que finalmente possa haver uma reação ao modelo que adotamos aqui no Brasil.

Em 19 de julho de 2014 o jornal Folha da Manhã que circula em minha cidade e região (http://www.clicfolha.com.br) publicou excelente artigo do Dr. Alberto Alonso Muñoz , doutor em Filosofia pela USP e doutorando em Direito pela mesma Universidade, é filósofo e juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo que “O que é o ‘peemedebismo'”, que por irretocável publico na íntegra:

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Ingênuos e românticos

Ingenuo

Não sou nenhum especialista em literatura ou em arte. Tenho cultura mediana e não entendo muito de estilos.

No entanto, da interpretação das leituras que já fiz pude perceber que os românticos (adeptos do romantismo) têm uma tendência idealista, vivendo quase que integralmente em sonho e fantasia.

Não chego a ser pessimista ou o chamado realista, pois acho que todo latino tem um tanto de romântico no jeito de ver a vida.

No entanto, esta visão fantasiosa exacerbada da vida nos leva a caminhos perigosos.

Chega a ser ingênuo.

E nada mais perigoso do que ingênuos sendo utilizados por espertalhões e malandros.

Por que o romântico-ingênuo que acreditou e acredita no astuto que o manipulou e manobrou irá defender o ato do seu “algoz” mesmo quando tudo já está perdido. Nem mesmo o malandro estará presente ou interessado, mas o Ingenuo2ingênuo estará ali fazendo sua defesa.

Vejo como um misto de ingenuidade e romantismo acharem que o processo de impedimento da Presidenta da República irá resolver o período de recessão que estamos vivenciando, chamado por aí de crise econômica.

Nada a ver.

Mas como consolo para românticos e ingênuos haverá a alegria de achar que “ganhamos”, pensando que impedir uma Presidente será a panaceia de todos os males, quando na verdade o ganhamos é só mais uma manipulação da Casa Grande

O Estado somos nós!

Operários - por Tarsila do Amaral

“O estado é a ordem jurídica e soberana que visa promover o bem comum de um povo que está situado em seu território” Dalmo de Abreu Dalari ¹

Não consigo entender o Estado e até mesmo sua existência se não for em função do povo.

Consigo entender que é uma criação do tempo, obviamente não definitiva.

A capacidade de organização dos seres humanos sempre procurou uma forma de melhor atender aos seus objetivos.

L’État c’est moi“² teria dito um soberano francês. Continuar lendo

Retrato da intolerância

XENOFOBIA 1

Terminada a eleição recomeçou a grita dos que não viram a sua candidatura eleita e mais uma vez vimos o quanto o conceito e exercício da democracia e da própria cidadania são frágeis por aqui.

Parecem até criança que faz birra porque não foi atendida nos seus caprichos. Infantil e imaturo são termos mais gentis para o comportamento.

A irracionalidade e a estupidez são tão evidentes que somente muito orgulho e incapacidade de autoanálise para não perceber que as agressões a quem pensa de forma diferente é uma atitude sem qualquer lógica e bom senso.

As propostas ridículas de separação (sic) de São Paulo “do resto do país”, construção de muro para dividir o Brasil são reflexos desta cultura de intolerância.

De outro lado estas manifestações são interessantes, instrutivas e educativas, pois nos dão uma noção do quanto ainda somos intolerantes e cultivamos o ódio no Brasil, fornecendo um diagnóstico do mal que evidentemente existe.  Continuar lendo

Argumentos em prol de Dilma

brasil

Li na semana passada dois textos na coluna Opinião no Jornal Folha da Manhã que circula aqui em Passos e região, um deles denominado “Por quê Aécio” e outro “Argumentos em prol de Aécio” (leia este texto aqui), este último que serviu de motivação para estas linhas que seguem.

Também não tenho a mínima pretensão de estabelecer verdades, porque não reconheço  ninguém como detentor delas neste plano. Tampouco pretendo convencer alguém. Meu ofício me ensinou desde muito que nunca vou conseguir convencer a parte contrária, mas somente àquele que julga ou algum observador, quando muito.

Mas lendo e relendo os argumentos do ilustre Alberto Calixto Mattar Junior não me convenço que seja o momento de uma troca na Presidência da República do Brasil.

Isso porque o governo popular que se iniciou com Lula está no poder apenas há 12 anos, ao passo que as outras propostas que governaram o país até 2002 apenas se alternaram entre um e outro segmento da mesma ideologia, nunca dando chance para que houvesse uma efetiva participação do povo no Poder. Continuar lendo