A música nunca parou

O que fazer quando perdemos o “endereço” de um coração amado?

Como reconectar com aquelas pessoas importantes e que por problemas diversos da vida e de relacionamentos nos distanciamos?

Gostaria de recomendar um filme que assisti: “A música nunca parou”, lançado em 2013 e que retrata a história verídica de Gabriel Sawyer, e que também foi contada no livro do escritor e neurologista Oliver Sacks.

Ambientado em 1986 o filme começa com a volta ao lar de um filho único que foi embora de casa há quase 20 anos por problemas de relacionamento com o pai. Este filho tem então 35 anos, tem um tumor no cérebro que lhe retirou toda a memória recente e que só tem possibilidade de se lembrar de fatos antigos, mas que estão ocultos em algum lugar.

E é justamente a música que ajuda os pais a ter acesso ao filho.

Melhor é a música que possibilita a cura de feridas difíceis.

Realmente é difícil o conflito de gerações e o entendimento de valores diversos que norteiam e orientam cada um, mas é sempre possível a convivência. Talvez este seja o único motivo de estarmos juntos: aprender a nos relacionar.

O filme claramente demonstra que a música é capaz de auxiliar a tocar a alma das pessoas.

Mas também e, principalmente – ao menos no meu ponto de vista -, é comovente a busca do pai outrora intransigente para retomar o contato, recuperar a relação sagrada entre pai e filho.

Reconhecer os erros, abrir mão do que você considera “certeza absoluta”, relativizar o seu jeito de ver as coisas, procurar o ponto comum para que todos possam conviver é o caminho para relações pessoais eficazes, duradouras e saudáveis.

Quando orientados pelo orgulho e pela vaidade teimamos em ter razão. Queremos ser “o certo” e desejamos que o outro submeta sua vontade à nossa. Justamente esse o ponto da discórdia, pois isso é desrespeitoso com a consciência alheia.

Porque todo mundo sempre tem razão em seu determinado ponto de vista. A questão é termos a orientação correta da caridade, fraternidade, tolerância e compreensão para com todos. Aí o relacionamento fica fácil e agradável.

Mas e quando explodimos, desejamos impor a vontade e desejamos que esta prevaleça a qualquer preço, costumamos quebrar pontes de relacionamentos justamente com quem não deveríamos, que são as pessoas que convivem mais diretamente conosco.

E aí somente um grande e grave trabalho de reconquista pode dar certo, lutando muita vez contra nós mesmos.

Já reproduzi aqui um pensamento que a saudade é o metro do amor, mas tem situações que a renúncia mede melhor o amor do que qualquer outra ferramenta.

Veja aqui o trailer do filme que altamente recomendo:

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