Sim amigo. A vida ensina.

Estamos em uma experiência física, nascidos em uma corpo físico para uma temporária e curta viagem, mas não somos o corpo.

Já disse aqui repetindo Teilhard de Chardin que “não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”.

Mas o que isso significa de concreto na minha vida? Por mais impactante que isso seja, não podemos esquecer a pergunta: qual o sentido disso? Qual o sentido da vida?

Não sei se iremos compreender todo este significado com os sentidos que temos. Acredito que faltam alguns e que só serão desenvolvidos com o tempo.

Isso mesmo, porque se estamos em uma experiência temporária, se compreendemos que nossa essência não é essa natureza física que se deteriora e necessariamente se destrói e que a essência verdadeira (que é espiritual!) não morre, é lógico e evidente concluir que estamos em uma viagem, e o objetivo ou meta desta viagem é a evolução, o progresso.

E eu penso que todos estamos sempre evoluindo. Progredindo sempre!

Fazemos isso de uma forma, digamos, inconsciente e involuntária, pela própria força das coisas.

Nunca inventei nenhum aparelho tecnológico, mas me beneficio deles diretamente. Não construí nenhuma teoria humanista ou libertária, mas sou agraciado com seus favores a todo o momento.

O grande desafio é fazer esta evolução de forma consciente. Saber o por quê, o motivo, analisar e estabelecer uma meta e persegui-la incessantemente.

Talvez por isso a angústia e o sentimento de vazio quando não conseguimos entender estes fatos e nos desiludimos com a própria vida, ou com a sua falta de sentido e objetivo para esta existência.

Mas a própria vida nos traz mecanismos para forçar a esta reflexão, por que a necessidade do progresso é uma lei natural.

E talvez o mecanismo mais eloquente e capaz de fazer refletir seja a dor.

A dor é a grande despertadora.

Desperta a alma para realidades superiores.

Mas também é educadora.

Só fica até aprendermos. Depois que aprendemos a lição com o sofrimento, a dor desaparece.

Fica o aprendizado, a experiência de vida e o necessário progresso.

Por isso caro leitor a vida ensina o que precisamos aprender.