Esta semana foi fatídica e histórica para o futebol brasileiro. A derrota para a Alemanha na última terça-feira está sendo discutida, rediscutida e será ainda por muito tempo. Amanhã tentaremos obter o terceiro lugar na competição enfrentando a Holanda.
Mas não vou me atrever a falar sobre futebol. Tem muita gente entendida falando e o que não falta é palpiteiro.
Prefiro falar daquilo que estou habituado. Problemas humanos, de relacionamento, questões empresariais, de empreendedorismo, de negócios. Enfim, causas e motivos de sucesso e insucesso que venho observando no decorrer desta vida.
Uma coisa que aprendi é que ninguém faz sucesso no improviso. Pode até obter alguns resultados positivos, pode contar com inúmeros fatores favoráveis no momento, mas ao longo do tempo quem sobressai é aquele melhor preparado, o que se dedicou e manteve o foco.
Também não consegui ver até hoje alguém que conseguisse se manter em alto desempenho sendo arrogante. A humildade é a chave para se obter sucesso e orgulho é sem dúvida o caminho mais curto para que os projetos deem errado.
Também tenho observado que sozinho realmente se vai mais depressa, mas em equipe se vai mais longe e o sucesso é mais duradouro.
Que nenhum empreendimento coletivo se faz unicamente com talentos individuais, mas com dedicação de todo o grupo. E é justamente o talento individual quem deve trabalhar mais que todos, mostrar o caminho a percorrer e demonstrar como se faz. Não existe estrela que brilhe sozinha.
Não há possibilidade de se chegar ao objetivo sem esforço. Se vier fácil e sem luta, então ainda não é seu fim. O objetivo é mais a superação do que a chegada em si.
E se nesta tarefa foi identificada alguma deficiência na equipe e no grupo, os setores mais fortes devem se dedicar a auxiliar os que têm dificuldades. Enfim, é uma equipe.
E também é evidente que se alguma peça da equipe estiver dificultando ou impossibilitando que se chegue ao objetivo almejado, este deverá ser substituído. Isso porque o objetivo coletivo, do grupo, deve ser superior aos objetivos individuais e este reconhecimento deveria partir até mesmo daquele que não apresenta melhor rendimento. É o pedir para sair.
E obviamente esta regra deve ser aplicada inclusive àquele que está na posição de liderança. Se o líder não consegue cumprir as metas, manter coeso o grupo e alcançar os objetivos, deve ser o primeiro a reconhecer que está no caminho errado e refazer os planos, ou dar lugar para outro.
Ah, e as coisas darão errado. Em algum momento as coisas não saem como planejado. Nesta circunstância a única opção é refazer as metas, observar onde estamos, o que temos e reorganizar para chegar ao objetivo. Nada de reclamar do fracasso, porque de fato fracasso não existe. Existe feedback, experiência que pode ser utilizada para crescer.
Portanto, observe sempre a presença ou ausência destes ingredientes básicos: dedicação, comprometimento, preparação, foco, improviso, arrogância, orgulho, fracasso e superação.
Estas são apenas algumas reflexões sobre as situações que já falei acima, nada a ver com seleção brasileira.
Exatamente! Eu não esquecerei tão cedo as belíssimas palavras do David Luiz após o jogo. Ele se mostrou como bem mais que um jogador, se mostrou um verdadeiro líder: “Hoje foi um dia de muita tristeza, mas também de muito aprendizado…”. A seleção brasileira precisa ser mais humilde e aprender que ninguém ganha uma copa do mundo sem muito treino, sem esforço próprio, sem superação dos próprios limites etc.
Os jogadores precisam aprender com o exemplo do David Luiz, que é um jogador que tenho certeza absoluta que se tornará ainda melhor do que foi nesta copa.
Que nós aprendamos com os erros desta seleção a sermos mais humildes e lutemos pelos nossos sonhos com garra e determinação. Assim, a vitória é garantida.
Grande abraço Elder! Sucesso!
CurtirCurtir