Segundo dados da OAB somos cerca de 750.000 advogados no Brasil e a cada ano por volta de 70.000 novos profissionais ingressam no mercado.
Em números absolutos só perdemos para os Estados Unidos e Índia, respectivamente.
Com um mercado com esta efervescência e concorrência, pode-se afirmar sem medo que a carreira na advocacia é promissora.
Quando falamos em carreira pensamos em planos, metas, projetos. E por isso a questão no título: é possível falar em carreira de advogado?
A advocacia é uma atividade sui generis.
Segundo a Constituição Federal trata-se de atividade indispensável à administração da justiça, ou seja, é essencial ao desenvolvimento e desempenho da atividade do Poder Judiciário.
Porém, é uma atividade privada.
Quando o advogado trabalha em um grande escritório, que funciona como uma empresa, esta visão de carreira é mais óbvia, mais simples.
Mas e quanto ao advogado que atua como profissional liberal? Que desenvolve sua atividade de forma autônoma, sem qualquer vínculo ou garantia, sem a chamada estabilidade? Como planejar seu futuro como advogado? Como estabelecer metas e conseguir cumpri-las?
É uma equação interessante, pois exercemos atividade privada, que é de interesse público, e que conta com controle e limitações do Código de Ética que nos impede de atuar como qualquer outra atividade mercantil privada, até mesmo porque a advocacia não é uma atividade mercantil.
Por isso não tenho como responder à pergunta, mas aceito sugestões e abro o debate para futuras postagens.