“Ando devagar porque já tive pressa”. Almir Sater

Pode-se dizer que existe uma doença da pressa.

Pessoas estão sempre atrasadas.  Sempre há mais um compromisso. Sempre há algo a fazer.

Virou até clichê a resposta “a vida está muito corrida”.

Não tenho tempo. Não posso perder tempo.

Aliás, ganhar ou perder?

Ouvi uma opinião do filósofo Mario Sérgio Cortella muito interessante na qual ele faz uma diferenciação entre ser apressado e ser veloz.

De fato, existe muita diferença. Apressado é aquele que dá impressão de estar atrasado. Velocidade transmite a ideia de rapidez, de presteza.

Fazer algo de forma apressada certamente significará mal feito ou no mínimo feito de “qualquer jeito”, mais ou menos. Fazer algo com velocidade denota agilidade e rapidez, o que também implica em reconhecer uma habilidade para aquilo que se fez.

Podemos andar apressados, correndo de um lado para outro, o que é um verdadeiro incômodo e causa transtornos, criando uma ilusão de ocupação e uma falsa sensação de produtividade.

Podemos também realizar as tarefas com foco e objetividade, que certamente resultará em velocidade e ganho de tempo.

A primeira gera tensão e estresse, ao passo que a segunda é marcada pela atenção e dedicação.

Quem está apressado provavelmente está perdendo tempo em meio a muitas atividades. Quem realiza seus afazeres com velocidade, certamente está ganhando tempo livre.

Aqui volto à pergunta: você está ganhando ou perdendo de tempo?