Nicolau Maquiavel foi historiador, poeta, diplomata e músico do século XV ficou conhecido mundialmente por haver escrito O Príncipe, um livro pelo qual é considerado um dos fundadores da moderna ciência política.
Seu nome deu origem ao adjetivo maquiavelismo, para denotar astúcia, maldade, esperteza.
Embora não esteja em sua obra, em seu nome foi forjada a expressão os fins justificam os meios.
Em princípio a ideia era justificar que governantes devem utilizar de todos os meios possíveis para realizar os objetivos do Estado, acima de orientações éticas e morais.
E querendo ou não todos nós somos influenciados por esta máxima, pois em nome de um objetivo, muitas pessoas valem-se de qualquer meio.
Posturas antiéticas são normalmente representativas desta prática.
Mas há ainda outra situação que chama a atenção.
É a confusão que fazemos com o que é o fim e com o que é apenas um meio em nossas vidas.
Fim de finalidade, de objetivo.
Meio de instrumento, de ferramenta.
O meio é só um caminho para atingir um fim.
Mas quando confundimos o meio com o verdadeiro fim, ou quando nos apaixonamos pelo meio em prejuízo aos nossos verdadeiros objetivos?
Entendo o Estado como um meio para realizar o bem comum do povo, este o fim. Fora disso é abuso e tirania.
Compreendo a religião como um meio ou instrumento para nos levar até Deus. Quando considero a religião como um fim em si mesmo, fanatismo e fundamentalismo são os resultados.
A indignação é só um meio para protestar, o desejo de ver a justiça realizada é que é o fim. Quando indignar-se é encarado como um fim, nos transformamos em seres pessimistas e mal humorados.
O dinheiro é só um meio também. Se se transforma em objeto da nossa vida, o resultado é frustração e vazio.
Nem mesmo a família é um fim. É um meio para crescermos espiritualmente e através da formação que ela proporciona, construirmos uma sociedade mais justa e uma Humanidade mais fraterna (também uma família).
Enfim, caro leitor a solução para o caso é o autoconhecimento e uma reflexão sobre o que de fato queremos da vida.
Autoanálise para percebermos se de fato, estamos colocando e enxergando as coisas como elas são, com uma divisão bem clara do que sejam os meios e o que são os fins e objetivos em nossas vidas.
Nossa felicidade, satisfação e realização pessoal depende disso.
Infelizmente tem muita gente justificando que qualquer meio é válido para se atingir um fim.
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Obrigado pelo comentário Fátima.
Por enquanto as pessoas ainda são assim. Acho que mais por um instinto de manada, seguir os outros do que uma reflexão séria sobre a vida.
Abraço.
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