Ontem tive uma audiência na cidade de Jacuí – MG, distante cerca de 45 km de Passos, minha cidade.

Estima-se que no Brasil existam 750 mil advogados, o que nos coloca em 3º lugar no ranking mundial.

O que eu duvido é que a grande maioria de advogados enfrente um verdadeiro rallye para trabalhar.

Hoje vivi uma parte disso.

As chuvas dos últimos dias deixaram assim os 18 km de estrada de terra que tive que enfrentar:

Por fim, cheguei com o carro enlameado, em cima da hora, porém a tempo de acompanhar a cliente na audiência.

É por isso que muitas pessoas não compreendem que advogar é um sacerdócio (veja aqui), e que existem advogados e ADVOGADOS, que trabalham pelo direito, e não pelo dinheiro.

Finalizo com a opinião mais que válida de Teotônio Negrão:

“Dentre os homens da Justiça, é, talvez, o advogado, o mais sofrido. Começa por ter de escutar, com paciência, as pretensões e as queixas, nem sempre razoáveis, dos clientes. Diligencia junto aos funcionários da justiça para conseguir o breve andamento de suas causas, e tem de estar atento às surpresas que comumente surgem, no seu curso. Os membros do Ministério Público opinam sobre a legalidade de suas petições. Os juízes dizem o direito aplicável e forçam-no a recorrer, quando a decisão é contrária ao seu cliente, ou a sustentá-la, se favorável. Mais que tudo, porém, sofre o tormento dos prazos, contados, indiferentemente, por dias úteis e feriados forenses, o que lhes confere o privilégio às avessas de ser um dos raros trabalhadores neste País que não têm o direito ao repouso semanal, nem mesmo gratuito.”